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Aprender a amar :)

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Mensagem por duartefigueira Seg 14 Dez 2009, 11:12 pm

O primeiro capítulo de uma história terna, algo lemon em algumas partes, mas muito terna e amorosa noutras.
Não descreverei as personagens pois na história elas se descreverão. Leia. Razz

Aprender a Amar



[i]Aprender a amar :) Yaoi


Capítulo I


Nathan acordou. Não o queria fazer, queria dormir para sempre, não ter de ir para aquele colégio, não ter de se separar.
Loralia, sua mãe, era uma empresária famosa e teria de viajar durante um ano ou talvez dois e enquanto isso Nathan teria de ficar no Colégio Interno, numa nova cidade. Desde que os seus pais se divorciaram, Loralia e Nathan mudaram de cidade. Seu pai sempre traíra a sua mãe, as Nathan apesar de o saber, não tivera coragem de contar á mãe. Mas agora via. A sua mãe, com o mesmo cabelo dourado de Nathan, que lhe caía pelos ombros era uma mulher forte, capaz de suportar tudo.
Mas Nathan sabia-o. Mas não se queria separar dela, não tão cedo. Passaram apenas três meses desde que mudara de cidade e a sua mãe já estava recuperada, iria para o estrangeiro e ele ficaria num colégio interno onde não conhecia ninguém. E a sua mãe parecia não se importar.
- Nat veste-te! – gritou ela do andar de baixo.
Nathan levantou-se da cama fria, deixou os lençóis brancos e húmidos caírem, e dirigiu-se ao seu roupeiro. Abriu-o e olhou-se ao espelho.
Nathan New tinha 16 anos. O curto, mas franjado cabelo loiro dançava-lhe no rosto oval, onde brilhavam os seus olhos castanhos de mel e os seus lábios carnudos e molhados. Em tronco nu observou o seu corpo. Os traços definidos, marcavam-lhe os músculos e disfarçavam-lhe o medo e o receio que sentia e tinha absorvido durante anos devido ao seu pai pelo que ele lhe fizera. Mas não queria pensar nisso, não agora.
- Veste o uniforme! – gritou de novo a mãe.
Nat agarrou uma camisa branca, um blazer negro, calças negras e justas e uns sapatos bicudos e negros.
Sentou-se na cama fria, despiu as calças de pijama com que pernoitara e vestiu o impecável e engomado fato de Colégio.
Sacudiu o cabelo loiro e este dançou-lhe á frente dos olhos ternos de mel. Nathan era fraco, enfraquecido com o passar dos anos, na antiga cidade apesar de o seu corpo forte não o demonstrar.
Olhou-se ao espelho e viu-se diferente do que costumava ser.
Agarrou a mochila branca e desceu as escadas, deixando os lençóis caídos no chão, esquecidos.
- Bom dia querido. – disse a mãe beijando-o levemente na testa tapada pelo cabelo loiro.
- Bom dia mãe. – disse Nat retribuindo o beijo.
Loralia era uma mulher alta. Com o cabelo comprido e os olhos negros de crepúsculo parecia uma actriz de cinema, contracenando com a sua pele morena e carregada de base. Vestia uma saia cintada negra e uma camisa arroxeada e os sapatos de salto alto combinado com as meias de vidro marcavam-lhe as coxas magras e firmes.
Nat mal tomou o pequeno-almoço. Ninguém falou, principalmente porque a mãe preferia carregar forçadamente nas teclas do lap-top colocado ao lado da chávena de chá de camomila a ferver.
Eram agora quase dez da manhã e o Colégio abria precisamente a essa hora às segundas-feiras.
- Vá, querido. O meu avião parte daqui a uma hora e ainda tenho de chegar ao aeroporto. – disse ela levantando a mesa e limpando ao de leve.
Nat não responde, apenas agarrou a mochila e saiu ficando do lado de fora da porta do carro azul.
Loralia sabia que ele não gostava da situação mas preferia fazer de conta que não via ou escutava as lágrimas do filho a meio da noite escura.
Abriu a porta do carro, segurando a mala de mão e enfiando a mala maior na bagageira.
Ambos entraram no carro e em poucos minutos chegaram á entrada do Colégio.
Loralia beijou o filho e este saiu.
- Adeus querido. Anda com o telemóvel que eu ligo-te possivelmente já á noite.
- Claro mãe.
E saiu.
O carro da mãe avançou nostálgico e lento.
O Colégio era um edifício enorme. Existia um portão de ferro negro á entrada e depois, mesmo em frente, deparava-se com um edifício grande com várias janelas transparentes e modernas tal como o Colégio. Uma enorme porta de madeira envernizada metalicamente dava acesso ao edifício.
Tinha também um enorme jardim florido que rodeava o Colégio e era bastante florido, colorido e cheio de árvores que lançavam perfumes no ar leve da manhã.
Vários bancos enchiam-no também e alguns alunos uniformizados como Nathan conversavam alegremente. Nathan estranhou pois alguns parecia terem os lábios pintados e carregados de rímel mas Nathan não ligou preferindo seguir quando foi chamado ao gabinete do Director.
Seguiu por um corredor, virou á direita, depois á esquerda deparando-se com vários funcionários e alunos uniformizados, apenas rapazes, de quinze, dezasseis, dezassete e dezoito anos pois o Colégio era apenas masculino.
Entrou num gabinete espaçoso e deparou-se com um homem baixo, com possivelmente trinta e oito anos e cabelo negro curto que não lhe ocultava a face clara, redonda e bela.
Os seus olhos azuis fixaram-se em Nathan quando este entrou.
- Entre Sr. New.
Nathan entrou e foi encaminhado para uma cadeira moderna onde se sentou.
- Bom dia director…
- Nicholas, o meu nome é Leopold Nicholas.
Nathan acenou como que dizendo sim e deixou o director Nicholas continuar a conversa.
- Sr. New eu chamei-o aqui porque lhe queria falar. Como já deve ter reparado este é um colégio… como hei-de dizer… especial. Aqui só há rapazes e as conversas e atitudes são entre estes. Percebe o que eu quero dizer certo?
- Desculpe, mas…
Agora veio-lhe á mente os rapazes que viu antes. Agora percebera mas não queria pensar nem falar disso. Queria sair dali e sonhar, dormir, voar.
- Sim professor.
- Muito bem, pode sair Nathan.
Nat saiu ainda um pouco embasbacado e sem saber porque envergonhado.
Agarrou a sua mala de viagem e mochila com os cadernos e livros e subiu para o dormitório. Olhou o cartão entregue pelo director e viu o nº do seu quarto. 105. O seu quarto era o 105 e partilhava-o com… olhou o papel colado na porta… Colbert Creighton. Abriu a porta e entrou mas Colbert não estava lá. Pousou as malas e olhou á sua volta. De um lado existia uma cama e um roupeiro e do outro lado os mesmos objectos na mesma posição diferenciados apenas pela esquerda e direita. Na parede á frente existia uma enorme janela que dava acesso a uma varanda e a um canto uma secretária com vários livros, cadernos, papéis e um lap-top.
Nathan abriu a janela e dirigiu-se á varanda.
O vento primaveril levantava-lhe os cabelos loiros e os olhos cor de mel viam a cidade que se movia incessante de um lado para o outro, sempre com pressa de chegar a algum lugar.
Sonhou e fechou os olhos. Voava e voava mas uma voz rouca e doce despertou-o da inquietude da sua mente sonhadora.
- Desculpa, não sabia que já tinhas chegado.
Um rapaz alto, de cabelos compridos, negros dançavam-lhe nas costas duras e vestia um uniforme igual ao de Nat. Os seus olhos verdes, verdes de mar alado olhavam Nathan com um desejo ínfimo de o conhecer melhor.
- Não faz mal. Cheguei agora. – respondeu Nat saindo da varanda e dirigindo-se ao desconhecido que lhe estendia uma mão.
Nat cumprimentou-o como bem-educado que era, apesar de lhe virem á memória as palavras de Nicholas.
- Sou o Colbert Creighton. Tenho dezassete anos.
- Olá. Sou o Nat, Nathan New. Tenho dezasseis.
- Olá Nat. Queres que te apresente a escola?
- Oh, claro. – disse Nat sem saber o que responder, deixando a sua boa educação responder por inércia.
Ambos saíram juntos, lado a lado e avançaram por corredores olhando as salas de aula, a cantina, a biblioteca, a sala de arrumos, a sala dos funcionários e muitos mais compartimentos escolares.
Com Colbert, Nathan sentia uma estranha sensação de acolhimento, de estar de volta a casa, de volta á felicidade. As palavras dele tocavam-no no seu mais ínfimo sentimento. O seu coração começava a acelerar. Ele não queria isso.
- Desculpa Colbert. Tenho de ir. – disse sem sabre para onde se dirigir.
Saiu de ao pé de Colbert e correu para as traseiras do Colégio, do jardim.
Sentia-se bem e isso incomodava-o pois não era normal. Não em tantos anos de sofrimento, como os que vivera.
Sentou-se num banco e olhou a linha do horizonte. O sol queimava-lhe a pele morena.

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Mensagem por Dark_Isis Dom 18 Abr 2010, 8:24 am

gosto da maneira como escreves. ate agora estou a gostar da historia e axok ela tem pernas para andar.
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